Lirismos: sem título 2
*Foto: instagram @Jhonny_Moreira
Num sopro exaurido, uma voz. Num palpitar cadente, um coração. Nuns lábios desbotados, a secura. E numa mão erma, o frio da solidão.
Na ausência, a saudade de quem ainda não está.
Depois do frio punitivo e do calor abrasador, depois do sol suceder à lua, dia após dia, num rio que não desagua.
Na procura, a esperança do que se encontrará.
E, então, o tempo deixa de correr. No coração, uma chama a arder. A paixão de dois lábios pressionados na loucura de dois corpos unidos.
Na presença, a alegria da plenitude.